Gilda Maciel Corrêa Meyer Russomano

Gilda Maciel Corrêa Meyer Russomano, filha de João Gaspar Corrêa Meyer e Dolores Maciel Corrêa Meyer, nasceu no Rio de Janeiro em 18.09.1923. Transferiu-se, com a família, para o Rio Grande do Sul, onde se formou, como aluna laureada, em 1951, na Faculdade de Direito de Pelotas. Casou-se com Mozart Victor Russomano em 09.05.1946. Desenvolveu brilhante carreira no magistério superior, notabilizando-se como Professora Titular da Faculdade Católica de Filosofia de Pelotas, e, na Faculdade de Direito de Pelotas, como Livre Docente, Assistente e Titular de Direito Internacional Privado, alcançando a láurea de Catedrática de Direito Internacional Público, por Concurso Público, no qual obteve aprovação com louvor. Foi Diretora do Instituto de Sociologia e Política da Faculdade de Direito de Pelotas, e integrou, ainda, como Professora Titular Visitante, o corpo docente da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco, vinculado ao Ministério das Relações Exteriores. Desempenhou relevantes funções junto ao Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul, e, no plano internacional, integrou as delegações do Brasil que participaram da Conferência da ONU em Nova Iorque (1968) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA reunida em Washington (1983 e 1992). Elaborou o Anteprojeto do Protocolo Adicional do Trabalho de Itaipu, no que concerne às relações laborais. Publicou inúmeros livros, que muito contribuíram para a moldagem da cultura jurídica em nosso país e no exterior, destacando-se, entre eles, o clássico “Direito Internacional Privado do Trabalho”, presente no acervo de obras de todos os operadores do Direito. Recebeu numerosos títulos honoríficos, como, apenas por exemplo, a Medalha “Pro Ecclesia et Pontifice”, do Papa João XXIII, e as insígnias de Comendadora da Ordem do Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, e da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho. Gilda faleceu em Pelotas no dia 18.08.2007, deixando a marca indelével de suas realizações. Ela foi grandiosa, desbravadora, líder autêntica, e, por isso, merece o enaltecimento de todos, sobretudo daqueles que, verdadeiramente, cultuam a Ciência do Direito.

Por Gustavo Adolpho Vogel Neto

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