Ruy Barbosa de Oliveira

Biografia de Rui Barbosa

Rui Barbosa (1849-1923) foi um político, diplomata, advogado e jurista brasileiro. Representou o Brasil na Conferência de Haia, foi reconhecido como “O Águia de Haia”. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras e seu presidente entre 1908 e 1919.

Família e Infância

Rui Barbosa nasceu em Salvador, Bahia, no dia 05 de novembro de 1849. Filho de João José Barbosa de Oliveira, médico, deputado provincial e diretor da Instrução Pública da Bahia, e de Maria Adélia Barbosa de Oliveira.

Com cinco anos, Rui foi para a escola e em poucos dias já sabia ler e conjugar verbos. Em casa, recebia aulas de piano e oratória. Era uma criança triste e sobrecarregada de estudos. Era obrigado, pelo pai, a ler os clássicos portugueses. Com dez anos já recitava Camões.

Em 1861, ingressou no Ginásio Baiano e em 1864 terminou o curso em primeiro lugar, recebendo medalha de ouro e pronunciando seu primeiro discurso em público.

Terminando o curso de humanidades, preparava-se para estudar Direito, com apenas 15 anos de idade. Passou então o ano de 1864 estudando alemão, lendo juristas e obras médicas de seu pai. Nessa época escrevia versos tristes e melancólicos.

Formação e Primeiro Emprego

Em 1866, matriculou-se na Faculdade de Direito da cidade do Recife. Participou da Associação Acadêmica Abolicionista, entrou em conflito com um professor e foi obrigado a terminar o curso em São Paulo. Em 1870, graduou-se em Direito, e com dores de cabeça e vertigens, antecipou sua volta para a Bahia.

Após o pai perder o emprego, Rui foi trabalhar com Manuel Pinto de Souza Dantas, no Diário da Bahia. Manteve longa amizade com Rodolfo Dantas, filho de seu patrão, e junto com a família passou seis meses na Europa, o que lhe fez bem para a saúde.

Pouco depois de sua volta, falece seu pai e em seguida morre Maria Rosa, sua namorada. Torna-se diretor do Diário da Bahia e depois é nomeado, pelo conselheiro Manuel Dantas, para o cargo de secretário da Santa Casa de Misericórdia.

Vida Política

Membro do Partido Liberal, Rui Barbosa participa de comícios nos teatros e praças, defendendo eleições diretas, liberdade religiosa e regime federativo.

No dia 21 de novembro de 1876, depois de uma disputa com o amigo Rodolfo, pelo coração da jovem, casa-se com Maria Augusta Viana Bandeira.

Em 1877, com o partido em alta, ingressou na Câmara Baiana e no ano seguinte no Parlamento do Império. Empenhou-se pela reforma eleitoral, pela reforma do ensino e pela libertação dos escravos sexagenários. O controle dos votos feito pelos fazendeiros escravagistas e uma campanha contra os abolicionistas não reelegeu Rui Barbosa.

Rui Barbosa voltou aos jornais, em março de 1889. Tornou-se redator chefe do Diário de Notícias. Na luta pelo regime federativo, começou a afastar-se do Partido Liberal.

Nesse mesmo ano, durante o governo de Deodoro, exerceu as funções de Ministro da Fazenda. Dois fatos marcaram sua passagem: a Constituição de 1891, quase toda de sua autoria, e o encilhamento. Depois de graves crises e violenta inflação, Rui Barbosa deixou o governo.

Em 1893 Rui Barbos assumiu a direção do Jornal do Brasil, onde combatia o governo de Floriano. Em 1895 foi eleito para o Senado. Em setembro eclodiu a Revolta da Armada. Mesmo sem ligação com o movimento, foi acusado de apoiá-lo e obrigado a exilar-se na Inglaterra. Em 1895, de volta do exilo, lutou pela anistia aos punidos por Floriano.

O Águia de Haia

Em 1907, durante o governo de Afonso Pena, Rui Barbosa alcançou celebridade mundial ao representar o Brasil na Conferência de Haia, que reuniu as grandes personalidades da diplomacia mundial.

O grande tema era a criação de uma corte permanente de justiça. Com seus longos discursos e atacando a classificação dos países pela sua força militar Rui Barbosa conquistou o respeito das nações.

Sua volta ao Brasil foi uma festa. Já conhecido como a “Águia de Haia”, recebeu do presidente da República uma medalha de ouro.

Candidato à Presidência da República

Rui Barbosa foi lançado candidato à presidência da república em 1909, mas o escolhido foi o Marechal Hermes da Fonseca. Em 1919, o nome de Rui Barbosa surgiu com fortes possibilidades de ser indicado pelo Partido Republicano, mas Rui se recusou a comparecer à convenção, mas mesmo assim recebeu 42 votos.

Epitácio Pessoa, paraibano, apoiado por São Paulo e Minas, venceu com 139 votos.

Embora derrotado, Rui Barbosa era respeitado nacionalmente. Foi convidado para chefiar a delegação do Brasil na Liga das Nações, mas recusou o convite.

Em 10 de março de 1921, em ofício ao Senado, mostrando sua descrença na velha República, que os princípios e a lealdade que consagrou sua vida pública eram corpo estranho na política brasileira.

Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, Rio de janeiro, para onde foi se convalescer de uma pneumonia, no dia 1.º de março de 1923. Foi sepultado em Salvador, Bahia, na galeria subterrânea do Palácio da Justiça – Fórum Rui Barbosa.

Obras de Rui Barbosa

Oração aos Moços
Migalhas de Rui Barbosa
A Imprensa e o Dever da Verdade
Rui Barbosa e a Constituição
O Dever do Advogado
A Questão Social e a Política no Brasil
Por Dilva Frazão

Fonte: https://www.ebiografia.com/rui_barbosa/

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Rui Barbosa: biografia e obras

Rui Barbosa foi um intelectual, político, advogado, jornalista, diplomata, orador e escritor brasileiro.

Uma das mais importantes figuras na história do Brasil, participou da fundação da Academia Brasileira de Letras (ABL), do qual foi presidente, após a morte de Machado de Assis.

Defensor da liberdade, ao lado de Joaquim Nabuco, um dos mais importantes abolicionistas, Rui atuou na Campanha Abolicionista em prol da libertação dos escravos. Além disso, propôs uma reforma eleitoral e no ensino.

Biografia

Filho de João José Barbosa de Oliveira e de Maria Adélia Barbosa de Almeida, Rui Barbosa de Oliveira nasceu em Salvador, dia 5 de novembro de 1849.

Cursou os estudos primários e secundários em sua cidade natal. Ingressou no curso de Direito do Recife, mudando-se para a capital paulista, onde terminou seus estudos na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1870.

Foi morar no Rio de Janeiro, onde exerceu a profissão de advogado e jornalista.

Teve grande atuação política ocupando diversos cargos: Deputado da Província da Bahia (1878), duas vezes Deputado Geral (1878 a 1884), e cinco vezes eleito Senador (1890-1921).

Foi Ministro da Fazenda no Governo de Deodoro da Fonseca. Disputou o cargo na Presidência da República em duas ocasiões (1910, contra Hermes da Fonseca, e 1919, contra Epitácio Pessoa), sendo derrotado em ambas.

Quando concorreu o cargo ao lado de Hermes da Fonseca, Rui Barbosa lançou sua Campanha Presidencial (1910) denominada “Campanha Civilista”, a qual se propagou por todo o território nacional.

Na campanha, ele propôs a ordem civil bem como uma política mais efetiva para o país, demostrando assim, propriedade e solidez em seus discursos. Nas palavras do intelectual:

O civilismo é um princípio, é uma doutrina, é uma aspiração moral, é uma antecipação do futuro, é uma clareza do espírito de Deus aberta neste inferno, é alguma coisa que nos fala do bem, da honra e da justiça!

Rui Barbosa permaneceu exilado na Argentina, Lisboa, Paris e Londres, visto que estava envolvido na Revolução da Armada (1893).

Ficou conhecido como “Águia de Haia” uma vez que destacou-se na participação da “Segunda Conferência Internacional da Paz de Haia”, ocorrida em 1907, nos Países Baixos, em que defendeu a igualdade entre as nações.

Mais tarde, foi nomeado Juiz da Corte Internacional de Haia e, ao lado de outros intelectuais, foi indicado como um dos “sete sábios de Haia”. Após o evento, Rui declara:

Vi todas as nações do mundo reunidas, e aprendi a não me envergonhar da minha. Medindo de perto os grandes e os fortes, achei-os menores e mais fracos do que a justiça e o direito.

Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, dia 1º de março de 1923, aos 73 anos.

Obras

Dono de uma produção intelectual muito vasta, Rui Barbosa escreveu diversas obras, composta de poemas, artigos, ensaios, discursos.

Dentre suas obras, destaca-se o discurso escrito para os formandos da Faculdade de Direito do largo São Francisco, denominado: “Oração aos Moços” (1920). Segue abaixo algumas de suas obras:

Castro Alves: Elogio do Poeta pelos Escravos (1881)
Finanças e Políticas da República: Discursos e Escritos (1893)
Os Atos Inconstitucionais do Congresso e do Executivo ante a Justiça Federal (1893)
Cartas de Inglaterra (1896)
Posse dos Direitos Pessoais (1900)
O Código Civil Brasileiro (1904)
O Acre Septentrional (1906)
O Brasil e as Nações Latino Americanas na Haia (1908)
O Direito do Amazonas ao Acre Septentrional (1910)
Plataforma (1910)
O Dever do Advogado (1911)
Problemas de Direito Internacional (1916)
Oswaldo Cruz (1917)

Frases

“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”
“A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é o maior elemento da estabilidade.”
“Se os fracos não têm a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão internacional.”
“As leis são um freio para os crimes públicos – a religião para os crimes secretos.”
“A espada não é a ordem, mas a opressão; não é a tranquilidade, mas o terror, não é a disciplina, mas a anarquia não é a moralidade, mas a corrupção, não é a economia mas a bancarrota.”
“O ensino, como a justiça, como a administração, prospera e vive muito mais realmente da verdade e moralidade, com que se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que se lhe consagrem.”
“Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância. Eu não substituo a fé pela superstição, a realidade pelo ídolo.”
Curiosidades

Em homenagem a Rui Barbosa diversas ruas, avenidas e praças do país levam seu nome.
A Fundação Casa de Rui Barbosa, localizada no bairro do Botafogo, Rio de Janeiro, é uma instituição pública federal vinculada ao Ministério da Cultura. Ali, é onde viveu o intelectual e atualmente é destinada as pesquisas sobre seu patrono. Faz parte do complexo, o museu com mobiliários de Rui Barbosa, bem como a biblioteca que pertencia ao jurista, composta de 35 mil exemplares aproximadamente.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/rui-barbosa/

Site oficial: http://www.casaruibarbosa.gov.br/

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