Nos dias 21 e 22 de março, dirigentes e servidores das Escolas Judiciais dos Tribunais Regionais do Trabalho de todo o país se reuniram no Fórum Ruy Barbosa, no TRT-2 (SP), durante o 76º Conselho Nacional das Escolas Judiciais de Magistratura do Trabalho (Conematra). O encontro contou com palestras, oficinas e troca de boas práticas. Na quinta-feira (21), às 17h, houve a eleição dos novos membros da diretoria para o biênio 2024-2025. O diretor da Escola Judicial do TRT-CE (Ejud-7), desembargador Paulo Régis Machado Botelho, foi eleito presidente do Conematra, por aclamação.
Em discurso, o desembargador Paulo Régis agradeceu o voto de confiança depositado pelos demais diretores de Ejuds. Sobre sua gestão à frente da diretoria do Conselho, o desembargador afirmou que desempenhará suas funções de forma harmônica e terá como norte “a troca de experiências e a intensificação do diálogo entre todas as Escolas que compõem o Conselho, visando ao aprimoramento contínuo de magistrados e servidores das Justiça do Trabalho”.
“Organizado com extrema competência pelo diretor da Escola Judicial da 2ª Região, desembargador Álvaro Nôga, e demais componentes do Conselho, o Conematra realizado em São Paulo foi coroado de êxito. Notadamente, na escolha da temática e dos painelistas, o que proporcionou uma absorção de conhecimentos por todos os participantes”, exaltou o desembargador Paulo Régis.
Mesa de abertura
No primeiro dia do evento, a vice-diretora administrativa, desembargadora Maria Elizabeth Mostardo Nunes, abriu a solenidade e deu as boas-vindas aos participantes. O diretor da Ejud-2, desembargador Álvaro Alves Nôga, também proferiu algumas palavras e agradeceu a presença de todos. “Agradeço também aos servidores da Ejud-2, que aqui estão. Nada funciona sem esse conjunto, é esse trilho que faz a diferença”.
Compuseram ainda a mesa de abertura o diretor da Ejud-1 e presidente do Conematra, desembargador Leonardo da Silveira Pacheco, o vice-diretor da Ejud-2, desembargador Homero Batista Mateus da Silva, a desembargadora do TRT-2 Catarina von Zuben, o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região, juiz Bruno José Perusso, e a diretora da Escola Judicial do TRT-14, desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima.
Ensino e gestão
Realizada no primeiro dia do evento, a oficina “Desafios de ensinar e aprender: ser formador, docente ou multiplicador: técnicas de aprendizagem para adultos” capacitou magistrados(as), diretores(as) e coordenadores(as) científicos/pedagógicos, e foi conduzida pela professora Carla Campana, doutora em educação pela Universidade de São Paulo e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem da Fundação Getúlio Vargas.
Na apresentação, a docente tratou das diferenças entre o método tradicional de ensino (com enfoque no conteúdo) e o inovador (que enfoca o aprendizado), destacando que não existe um melhor que o outro. Ao abordar as circunstâncias que motivam o aprendizado nos indivíduos (como necessidade, o interesse e o espaço seguro), ressaltou a condição inerente relativa ao aprendizado: “O ser humano aprende por coisas e apesar das coisas. Aprender é quase sinônimo de viver”, pontuou.
Também nesse dia ocorreu uma apresentação sobre gestão de pessoas no setor público, voltada a servidores(as) e assessores(as) das Escolas Judiciais, com o juiz aposentado e ex-presidente do Conematra Carlos Alberto Zogbi Lontra (do TRT da 4ª Região) e sua filha, Daniela Régio Lontra, psicóloga e pós-graduada em gestão empresarial. A atividade abordou assuntos como diferenças e semelhanças entre as administrações pública e privada; características da gestão moderna; e a importância de entender e colocar em prática conceitos como motivação, inclusão, pertencimento, entrega e comprometimento.
Comunicação
No segundo dia, a última palestra do evento tratou de comunicação eficaz para Escolas Judiciais, proferida pela servidora do TRT-2 e mestre em Comunicação Aline Castro. Ela explicou o conceito de comunicação, citou alguns ruídos que podem ocorrer durante o processo, pontuou a importância de se conhecer o receptor da mensagem e o motivo de se estar comunicando algo.
A palestrante expôs ainda a importância do fortalecimento da marca para conquistar credibilidade junto ao público e as vantagens em se adotar um padrão visual e de conteúdo para os diferentes canais de comunicação. “As Escolas Judiciais não precisam fazer apenas a divulgação de seus cursos, mas trazer mais conteúdos que agreguem ao seu público”, disse.
Para ela, o melhor canal de divulgação são as pessoas, e os eventos surgem como momentos preciosos para a criação de vínculos com os participantes. Por fim, reuniu dicas práticas para as Ejuds poderem pensar sua comunicação de maneira mais eficaz.
Com informações da Secretaria de Comunicação do TRT-2 (SP)